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 Mecanismo básico de neuro proteção do AV, em situações de stress oxidativo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por estas razões, há um interesse crescente na sua utilização em psicoterapia, para o tratamento de desordens comportamentais mais complexas, apesar de ainda serem necessárias mais evidências científicas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dado o seu efeito na regulação da expressão genética a nível molecular, o AV está a emergir como agente anticancerígeno.

 

A atividade antitumoral do AV deve-se à capacidade que este tem na inibição do crescimento de vários tipos de

células cancerígenas e na promoção da sua diferenciação, acompanhada pela indução da apoptose, que pode estar,

ou não, associada à ativação de caspases. Para além disso, o AV tem a capacidade de inibir a angiogénese do tecido

cancerígeno, potenciar o efeito de outros anticancerígenos e aumentar a sensibilidade das células cancerígenas às

radiações ionizantes, o que leva ao efeito cooperativo do AV na radioterapia.

Por isso, estão a decorrer ensais clínicos para o eventual uso do AV na mono terapia e na terapia de combinação para o tratamento do cancro.

 

 

 

 

Um estudo publicado em 2005 revelou que pacientes infetados por HIV em terapia com “highly active antiretroviral therapy” (HAART), ao serem tratados com AV, apresentaram uma redução de 75% da infeção latente por HIV. Isto poderia ser explicado porque a HDAC1 é necessária para as células permanecerem infetadas com o HIV, pelo que a atividade inibitória do AV poderá ser relevante também para estes casos. No entanto, em 2011, outro estudo reportou que a atividade do AV como co-adjuvante desta infeção não era eficaz, comparativamente a outros inibidores das HDACs.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AIDSINFO: Acedido a 07-05-2014, pesquisando por "valproic acid"

 

CLINICALTRIALS: Acedido a: 07-05-2014

 

Monti B. et al. Biochemical, Molecular and Epigenetic Mechanisms of Valproic Acid Neuroprotection. Current Molecular Pharmacology. 2009; 2,95-109.

 

Karagiannis, T.C. et al. The epigenetic modifier, valproic acid, enhances radiation sensitivity. Epigenetics. 2006, 1, 131-137.

 

Lai, J. S. et al. Cytoprotection by lithium and valproate varies between cell types and cellular stresses. Eur. J. Pharmacol. 2006; 539, 18-26.

 

Angelucci A. et al.  Valproic acid induces apoptosis in prostate carcinoma cell lines by activation of multiple death pathways. Anticancer Drugs. 2006; 17(10):1141-50.


Lehrman G. et al. Depletion of latent HIV-1 infection in vivo: a proof-of-concept study. Lancet. 2005; 13-19;366(9485):549-55.

 

Matalon S. et al. Histone Deacetylase Inhibitors for Purging HIV-1 from Latent Reservoir. Molecular Medicine. 2011; 17(5-6): 466–472.

 

 

O elevado interesse em melhor compreender o mecanismo que justifique o amplo espetro de ação do ácido valprócio, leva a que a neuro ciência esteja numa busca contínua de conhecimento sobre este fármaco.

 

Estudos recentes demonstraram que o mecanismo de ação do AV não está unicamente associado à neuro transmissão e à modulação de vias intra celulares, uma vez que este fármaco tem vindo a revelar capacidade neuro protectora em vários modelos de doenças neuro degenerativas e efeitos a nível da expressão e regulação genética.

  • NF-kB: Inibido pelo AV nas células do glioma (tumor das células gliais), o que leva à diminuição da expressão do TNF-α e do IL-6, modulando, assim, a resposta imune

  • CREB: Envolvido em diferentes processos cerebrais - desenvolvimento, plasticidade sináptica e memória

  • AP-1: Ativador da proteína 1, associado a várias funções cerebrais - desenvolvimento, plasticidade e neuro degeneração

 

 

 

        Para demonstrar efeitos terapêuticos, o AV requer um longo período de toma e, uma vez atingidos os efeitos, após descontinuação da medicação, estes não são imediatamente revertidos, o que sugere que o AV atua a nível da expressão e regulação genética, através da regulação de fatores de transcrição essenciais.

A expressão genética a nível molecular pode ser regulada por mecanismos epigenéticos.

 

  • Foi demonstrado o efeito do AV na remodelação da cromatina.

 

  • A capacidade de inibição de desacetilases de histonas (HDACs), reguladoras negativas da expressão genética, foi demonstrada em modelos in vitro e in vivo.

- Ao inibir as HDACs, o AV regula genes envolvidos na sobrevivência/morte neuronal. 

Estes mecanismos bioquímicos e moleculares estão associados ao benefício que o AV tem no tratamento da epilepsia e de outras doenças do foro neuronal, assim como à sua capacidade neuro protetora.

São necessários mais estudos que comprovem e sustentem estas evidências, por forma a incluir 

este tipo de utilização nos usos terapêuticos do ácido valpróico e dar a conhecer o potencial deste fármaco com capacidade neuro protetora, que vai para além do tratamento da epilepsia.

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